Os pacientes com COVID-19 apresentam-se em sua maioria com doenças oligossintomáticas (febre, tosse, mialgia, anosmia, astenia) e em sua forma mais grave podem desenvolver Insuficiência Respiratória e Renal Aguda. Os grupos que se encontram mais propensos a desenvolver sintomas mais graves e disfunção de múltiplos órgãos são especialmente os idosos e os portadores de outras patologias de base. A pandemia trouxe grandes desafios a todas as nações e sistemas de saúde público, em especial a comunidade cientifica internacional que de forma eficiente realizou o desenvolvimento de novos tratamentos, vacinas e diagnósticos, entre outros. Diante desta nova realidade foi necessária a implementação de protocolos e diretrizes de tratamento farmacológico e não farmacológico, principalmente nos casos mais graves da doença.
O componente principal de uma formulação farmacêutica empregada como medicamento é denominado fármaco ou princípio ativo. É geralmente uma molécula pequena, de origem natural ou sintética, que possui estrutura química e é capaz de ajustar ou modificar funções fisiológicas, sendo usado para tratar, curar ou prevenir
doenças e disfunções em humanos. Até chegar à aprovação, última etapa antes da comercialização, o fármaco passa um longo e complexo processo de Pesquisa e
Desenvolvimento (P&D), que é caracterizado por elevados investimentos e riscos.
A maioria dos pacientes com COVID-19 apresentam um prognóstico favorável porém, existe em média 20% dos que desenvolvem os sintomas mais graves, necessitando de internação. Pacientes com COVID-19 em seu estado mais grave, evoluem frequentemente com um quadro de hipoxemia sendo necessária a Intubação Orotraqueal (IOT). Durante o procedimento de Intubação, diversas drogas são aplicadas e regularmente administrada durante todo este período. Para a sedação e analgesia desses pacientes pode ser feito a combinação de Propofol e Fentanil, se o paciente
apresentar instabilidade hemodinâmica ou a dose do Propofol for maior que 3 mg/kg/hora o medicamento pode ser substituído por Midazolam. Para o uso de bloqueadores neuromusculares utiliza-se cisatracúrio 0,15 mg/kg, porém com a
pandemia ocorreu escassez de fármacos, sendo utilizado então como alternativa o atracúrio, rocurônio, pancurônio e vecurônio.
O uso empírico de antibióticos é recomendado para pacientes que evoluem para SARS ou choque séptico associado ao Covid 19. Tratamento empírico inicial em casos de documentação de hipoxemia e suspeita de infecção bacteriana é feito através de: oseltamivir 75mg 12/12hs VO por 5 dias; Ceftriaxona 1g IV 12/12hs por 7 dias, em associação com azitromicina 500mg VO, uma vez por dia por 5 dias. Dexametasona é um corticóide com propriedades anti- inflamatórias e imunossupressoras, usado desde a década de 1960, que reduziu a taxa de mortalidade em pacientes graves recebendo VMI ou oxigênio.
Referências:
1 Marques Filho E, Maciel EP, Trindade RPA, Badaró BA, Cunha MP, Pereira MF, et al. Manuseio do paciente com Covid-19 em unidade de terapia intensiva. Revista Científica Hospital Santa Izabel [revista em internet], 2020 maio. [acesso em 25 de out de 2021]; 4(2): 105-123. Disponível em: www.revistacientifica.hospitalsantaizabel.org.br
2 Corrêa TD, Matos GFJ, Bravim BA, Cordioli RL, Garrido APG, Assuncao MSC, et al. Recomendações de suporte intensivo para pacientes graves com infecção suspeita ou confirmada pela Covid-19. [publicação online]; 2020 [acesso em 25 de out de 2021]. Disponível em http://dx.doi.org/10.31744/einstein_journal/2020AE5793
Autores
Jéssica C. de Paula Fortes, Tatiana de Paula Iwata, Maria Eduarda e Natalia Lotufo, alunos da Pós-gradação FISIOTERAPIA Cardiorrespiratória e UTI