A Ventilação Mecânica Não-Invasiva (sigla VMNI ou VNI) é descrita como a técnica que não faz uso de métodos invasivos, como é o caso na intubação por meio da cânula endotraqueal, mas sim por meio de interfaces externas como máscaras ou capacetes. Conforme a Diretriz Brasileira de Ventilação Mecânica de 2013, é recomendado usar a VNI naqueles pacientes com incapacidade de manter ventilação espontânea (Volume minuto > 4 lpm, PaCO2 < 50 mmHg e pH > 7,25) devem iniciar uso de VNI com dois níveis de pressão, com a pressão inspiratória suficiente para manter um processo de ventilação adequada, visando impedir a progressão para fadiga muscular e/ou parada respiratória.
O uso de VNI deve ser monitorado por profissional da saúde à beira- -leito de 0,5 a 2 horas. Para ser considerado sucesso, deve ser observado diminuição da frequência respiratória (FR), aumento do Volume Corrente (VC), melhora do nível de consciência, diminuição ou cessação de uso de musculatura acessória, aumento da PaO2 e/ou da SpO2 e diminuição da PaCO2 sem distensão abdominal significativa. Quando não há sucesso, recomenda-se imediata intubação orortraqueal (IOT) e ventilação mecânica invasiva (VMI) Espera-se sucesso na população hipercápnica com o uso da VNI em 75% dos casos, e nos hipoxêmicos em cerca de 50%.
Referência:
Barbas CS, Ísola AM, Farias AM, Cavalcanti AB, Gama AM, Duarte AC, et al. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(2):89-121